sexta-feira, 12 de outubro de 2012

ALMA HUMANA E ALMA ANIMAL

by Sonia Costa, in:
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Existem diversas diferenças entre a alma humana e a alma animal; elas são físicas, biológicas, espirituais, emocionais, comportamentais, racionais e também intuitivas. Enquanto seres vivos, tanto o homem quanto o animal têm necessidades físicas e biológicas que fazem parte da sobrevivência; ambos desfrutam dos cinco sentidos físicos (visão, audição, olfato, tato e paladar); mas eles diferem na inteligência e nos sentimentos, pois o homem tem raciocínio (racional), o animal não (irracional).
Por ser irracional, os animais foram criados com peles, providas ou não de pelos, penas, couro ou escamas, para sua proteção no habitat em que vivem. O ser humano tem apenas pele, e portanto necessita usar roupas para se proteger das intempéries do tempo, das estações e das diferentes circunstâncias em que vivem.
O homem tem capacidade para decidir a respeito de suas atitudes e o animal não; os sentimentos do homem são conscientes e os "sentimentos" expressados pelos animais são inconscientes e instintivos. O homem tem a capacidade de agir por intuição, pois por ser racional, acumula experiências que o ajudam a tomar decisões mais rápidas quando vivenciam experiências semelhantes; já o animal não tem raciocínio para isso.
O comportamento dos animais não é fruto de aprendizado consciente e racional, mas sim de reflexos condicionados que o homem exerce sobre eles, adestrando-os conforme a necessidade e interesses humanos (Gn 1:26 e 28). Os animais não pensam, agem apenas por instinto.
A "inteligência" que dizemos que os animais têm, na verdade são seus instintos moldados pelo aprendizado monitorado pelo homem. Não vemos nos animais um melhoramento nas suas "atitudes inteligentes", pois se um animal adestrado voltar a conviver com outros não adestrados, ele regride e volta a se comportar conforme seus instintos naturais.
Quanto à comunicação, os animais se comunicam entre si, também por instinto, apenas para suprir suas necessidades de sobrevivência e conservação das diferentes espécies. Já o homem se comunica com linguagem criativa para desenvolver o aprendizado e criar ambientes que facilitem cada vez mais sua vida e seu hábitat.
O homem tem sentimentos e comportamentos bastante variados que podem ser resumidos pelos frutos do Espírito ou pelas obras da carne (Gl. 5:19-24). Os animais expressam sentimentos agressivos para se defenderem ou defenderem seus donos, e também quando não se sentem ameaçados, expressam sentimentos de felicidade e bem-estar.
Como já mencionamos anteriormente, no ser humano a alma é provida de razão, o que nos dá a capacidade de pensarmos e analisarmos criteriosamente antes de tomarmos qualquer atitude; já a alma dos animais é provida apenas do instinto e eles não raciocinam para viver, mas agem conforme o comportamento e o instinto que Deus determinou para cada espécie.
Outra diferença está na criação da alma do homem e da alma do animal. Em Gn. 1:20-21 e 24 está escrito que Deus determinou que as águas do mar produzissem alma vivente de todas as espécies: baleias, repteis e aves. Depois também ordenou que a terra produzisse alma vivente de toda espécie: gado, répteis e bestas-feras, todos conforme a sua espécie; mas quanto ao homem, em Gn. 2:7 está escrito que o Senhor Deus formou o homem do pó da terra e soprou em seus narizes fôlego de vida e a partir de então ele foi feito alma vivente. Essa é portanto, uma diferença significativa pois os animais foram produzidos pelo mar e pela terra, e têm vida porque vida gera vida; mas o homem foi formado pelo próprio Deus, à Sua imagem e à  Sua semelhança e foi feito alma vivente a partir do momento que recebeu o fôlego de vida diretamente da boca de Deus (Gn. 1:26-27).
O homem tem algo a mais que o animal, que é o espírito de vida, dado pelo próprio Deus; assim, compreendemos que ao assoprar o fôlego de vida (espírito) no homem que criou, Deus imortalizou a alma do homem (Gn. 2:7), pois foi criado à Sua imagem e à Sua semelhança, e Deus é imortal. A alma e o espírito do homem são tão intrínsecas e entrelaçadas entre si que somente a Palavra de Deus pode penetrar entre um e outro (Hb. 4:12).
Outra diferença também é que Deus formou o homem provido de sabedoria para nomear e dominar sobre todos os animais, peixes e aves (Gn. 1:28); os animais se submetem e obedecem às ordens humanas, justamente por não terem raciocínio  e nem consciência de nada sobre a vida.
É bom lembrarmos também, que o texto bíblico de Ec.3:18-22 precisa ser lido de forma minuciosa para que não venhamos a entender que as almas, tanto do ser humano quanto dos animais são iguais quando morrem, porque não são.  Nesse texto, Salomão está apenas dizendo as semelhanças e não as diferenças de um e de outro; por isso ele diz que assim como morre o homem, morre também o animal, mas apenas no sentido físico, do corpo, que apodrece e volta à terra. O v. 20 é bastante claro quando diz que todos (o corpo) são pó e ao pó tornarão. No v. 18 ele diz que para provar os filhos dos homens, Deus os faz ver que são em em si mesmos, como os animais, isto é voltarão ao pó da mesma forma. No v. 21 Salomão faz uma interrogação aleatória, mas em Ec. 12:7, ele faz uma afirmação sobre a morte do homem, que "o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu".
Salomão, o homem mais sábio do mundo não iria cair em contradição com o pensamento de Deus que é a própria Sabedoria. Compreendo o texto do cap. 3 de Eclesiastes no mesma sentido que o Apóstolo Paulo escreveu em I Co. 15:19.
A alma do animal morre, mas a do homem não (Mt. 10:28), pois terá que prestar contas de suas obras diante de Deus (Ec. 11:9 e 12:14, e Ap. 20:12b). Essa é outra diferença igualmente importante porque como os animais são desprovidos de raciocínio, suas almas não passarão por julgamento como os seres humanos, pois suas almas morrem juntamente com seus corpos físicos. Nos textos escatológicos vemos apenas as almas humanas prestando contas de suas atitudes; já os animais quando morrem não têm contas a prestar diante de Deus (Ap. 20), justamente porque não têm consciência de seus atos, que são expressados apenas por instinto.
Apesar dessas diferenças, como os animais também fazem parte da  criação divina, precisamos tratá-los com respeito e carinho e atenção, pois foram criados para nos beneficiar em todos os sentidos, assim como toda a natureza criada por Deus. Creio que Deus não se agrada, quando seres humanos maltratam os demais seres vivos que Ele criou, pois os criou em beneficio do ser humano, porém, não é justo exagerarmos nos cuidados dedicados aos animais em detrimento de seres humanos, nossos semelhantes que têm sido marginalizados da sociedade. Lembremos que todos nós iremos comparecer diante de Deus para prestar contas de nossas obras (Is. 45:22-24 e Ap. 20:12).

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