Recebi este e-mail do Zick, meu amigo de Seminário na Palavra da Vida e repasso a vocês, pois sei que os edificará. Além do mais, acho que fui testemunha ocular do milagre.
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Graça e paz.
Futebol nunca foi o meu
forte. Lembro-me que quando criança, nas peladas que os garotos do bairro onde
morávamos organizavam, eu era sempre o último a ser escolhido, caso não
concordasse com eles em ir "agarrar" no gol.
Os anos se passaram e
quando estava no seminário, três vezes por semana tinha que fazer aulas de
educação física e depois dos exercícios alguns jogavam basquete e outros
futebol. Eu na maioria das vezes estava com o pessoal do futebol, embora
continuasse a não ser o que se poderia dizer um razoável jogador.
Nestes quase 30 anos
trabalhando com atletas, e na sua grande maioria de futebol, já me perguntam se
fui um profissional de futebol. Minha resposta é que se eu fosse participar das
peneiras que os clubes fazem para descobrir talentos, e me perguntassem:
"de que você joga?", a única resposta honesta a dar seria: "de
teimoso". Na verdade eu "enganava" de zagueiro - como dizem
alguns atletas numa expressão comum entre eles - nos acampamentos e na escola.
Lembro-me de um jogo lá
no "Palavrão" (como é conhecido o campo de futebol da Estância
Palavra da Vida) fiz um gol de placa. Consegui dominar uma bola na área que
defendia e ir para o ataque. Toquei para o Juninho e corri pela lateral direita
em direção ao campo adversário recebendo o lançamento que ele me fez. Quase na
linha de fundo do campo cruzei para a área, só que errei o cruzamento e o chute
não foi como eu tinha planejado. O Adelino, goleiro, saiu para pegar a bola, e
foi então que ela fez uma curva e entrou, quase um gol olímpico. Um golaço! Não
lembro qual foi o resultado do jogo, mas está na minha memória até hoje aquele
momento de glória. Consegui uma jogada e um gol de "craque", embora
sempre tenha sido um "perna de pau". Tudo por conta de um chute
errado que deu certo. Fui usado naquele momento para ajudar a meu time, e ouvi
os aplausos do pessoal que via o jogo além dos abraços dos companheiros.
Coisa muito parecida
acontece hoje em relação a pessoas que podem ser usadas mas não aprovadas na
vida cristã. Vejo gente aplaudindo o "testemunho" de alguém num
programa de rádio, TV, jornal ou numa igreja e que foi uma benção, mas, que não
reflete o seu dia a dia. Brennan Manning, em seu livro Evangelho maltrapilho
escreve: "Se você quer de fato compreender um homem, não apenas ouça o que
ele diz, mas observe o que ele faz". Creio que qualquer um pode ser usado
num lance isolado, mas a pergunta é: Está essa pessoa sendo aprovada por Jesus
Cristo?
Infelizmente, ser usado
por Deus não significa ser aprovado. A Bíblia está cheia de
exemplos: Balaão, Saul, Judas e outros, que foram usados mas nem todos
aprovados. Nosso referencial deve ser o profeta Samuel, que diante
do povo perguntou: "Eis me aqui, testemunhai contra mim perante o Senhor,
e perante o seu ungido: De quem tomei o boi? de quem tomei o jumento? a quem
defraudei? a quem oprimi? e das mãos de quem aceitei suborno para encobrir com
ele os meus olhos? Samuel não foi só usado, mas aprovado porque não viveu de
um lance isolado e sim de uma vida a serviço de Deus.
Eu nunca seria aprovado
como jogador de futebol. Fiz aquela grande jogada, mas essa não é a minha
realidade. O mesmo ocorre na vida cristã. Só receberá o aprovado de Deus
quem não vive de um lance bem sucedido, mas faz da sua vida um altar ao
Senhor.
Zick (Ezequiel Batista da Luz) - Missionário de Atletas de Cristo
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