sábado, 18 de agosto de 2012

Atletas de Cristo

Recebi este e-mail do Zick, meu amigo de Seminário na Palavra da Vida e repasso a vocês, pois sei que os edificará. Além do mais, acho que fui testemunha ocular do milagre.
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Graça e paz.

Futebol nunca foi o meu forte. Lembro-me que quando criança, nas peladas que os garotos do bairro onde morávamos organizavam, eu era sempre o último a ser escolhido, caso não concordasse com eles em ir "agarrar" no gol.

Os anos se passaram e quando estava no seminário, três vezes por semana tinha que fazer aulas de educação física e depois dos exercícios alguns jogavam basquete e outros futebol. Eu na maioria das vezes estava com o pessoal do futebol, embora continuasse a não ser o que se poderia dizer um razoável jogador.

Nestes quase 30 anos trabalhando com atletas, e na sua grande maioria de futebol, já me perguntam se fui um profissional de futebol. Minha resposta é que se eu fosse participar das peneiras que os clubes fazem para descobrir talentos, e me perguntassem: "de que você joga?", a única resposta honesta a dar seria: "de teimoso". Na verdade eu "enganava" de zagueiro - como dizem alguns atletas numa expressão comum entre eles - nos acampamentos e na escola.

Lembro-me de um jogo lá no "Palavrão" (como é conhecido o campo de futebol da Estância Palavra da Vida) fiz um gol de placa. Consegui dominar uma bola na área que defendia e ir para o ataque. Toquei para o Juninho e corri pela lateral direita em direção ao campo adversário recebendo o lançamento que ele me fez. Quase na linha de fundo do campo cruzei para a área, só que errei o cruzamento e o chute não foi como eu tinha planejado. O Adelino, goleiro, saiu para pegar a bola, e foi então que ela fez uma curva e entrou, quase um gol olímpico. Um golaço! Não lembro qual foi o resultado do jogo, mas está na minha memória até hoje aquele momento de glória. Consegui uma jogada e um gol de "craque", embora sempre tenha sido um "perna de pau". Tudo por conta de um chute errado que deu certo. Fui usado naquele momento para ajudar a meu time, e ouvi os aplausos do pessoal que via o jogo além dos abraços dos companheiros.

Coisa muito parecida acontece hoje em relação a pessoas que podem ser usadas mas não aprovadas na vida cristã. Vejo gente aplaudindo o "testemunho" de alguém num programa de rádio, TV, jornal ou numa igreja e que foi uma benção, mas, que não reflete o seu dia a dia. Brennan Manning, em seu livro Evangelho maltrapilho escreve: "Se você quer de fato compreender um homem, não apenas ouça o que ele diz, mas observe o que ele faz". Creio que qualquer um pode ser usado num lance isolado, mas a pergunta é: Está essa pessoa sendo aprovada por Jesus Cristo?

Infelizmente, ser usado por Deus não significa ser aprovado. A Bíblia está cheia de exemplos: Balaão, Saul, Judas e outros, que foram usados mas nem todos aprovados. Nosso referencial deve ser o profeta Samuel, que diante do povo perguntou: "Eis me aqui, testemunhai contra mim perante o Senhor, e perante o seu ungido: De quem tomei o boi? de quem tomei o jumento? a quem defraudei? a quem oprimi? e das mãos de quem aceitei suborno para encobrir com ele os meus olhos? Samuel não foi só usado, mas aprovado porque não viveu de um lance isolado e sim de uma vida a serviço de Deus.

Eu nunca seria aprovado como jogador de futebol. Fiz aquela grande jogada, mas essa não é a minha realidade. O mesmo ocorre na vida cristã. Só receberá o aprovado de Deus quem não vive de um lance bem sucedido, mas faz da sua vida um altar ao Senhor.

Zick (Ezequiel Batista da Luz) - Missionário de Atletas de Cristo 

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