sábado, 9 de julho de 2011

Uma palavra sobre o Divórcio !!



O casamento foi instituído por Deus, o divórcio não.
O casamento nasceu no céu, o divórcio na terra. O
casamento agrada a Deus, o divórcio não. Deus
permite o divórcio, mas jamais o ordena. Ele jamais
foi o ideal de Deus para a família.

A pergunta dos fariseus: “… porque mandou, então,
Moisés dar carta de divórcio e repudiar? Isto revela
o uso equivocado que os judeus faziam do texto de
Deuteronômio 24 nos dias de Jesus. O que Moisés
disse sobre o divórcio?

Quando um homem tomar uma mulher e se casar
com ela, então será que, se não achar graça em
seus olhos, por nela encontrar coisa indecente,
far-lhe-á uma carta de repúdio, e lha dará na sua
mão, e a despedirá da sua casa.

Se ela, pois, saindo da sua casa, for e se casar
com outro homem,

E este também a desprezar, e lhe fizer carta de
repúdio, e lha der na sua mão, e a despedir da sua
casa, ou se este último homem, que a tomou para
si por mulher, vier a morrer,

Então seu primeiro marido, que a despediu, não
poderá tornar a tomá-la, para que seja sua mulher,
depois que foi contaminada; pois é abominação
perante o SENHOR; assim não farás pecar a terra
que o SENHOR teu Deus te dá por herança. (Dt 24.1-4)

É importante dizer que não foi Moisés quem instituiu
o divórcio. Ele já existia antes de Moisés. No início da
história as famílias precisavam ser numerosas para
suprir duas carências: mão-de-0bra para lavoura e
soldados para as guerras. A supervalorização do
macho deu origem à filosofia machista, e de acordo
com esse pensamento, a mulher servia apenas para
a reprodução. Assim, quando a esposa era estéril, para
que o homem não ficasse sem herdeiros, foram criadas
foram alternativas de convivência conjugal como do
concubinato, a poligamia e o divórcio. O primeiro caso
de bigamia está registrado em Gn 4.19-24. Abraão lançou
mão do concubinato por sugestão de Sara, sua mulher,
que era estéril (Gn 16.1-4). Jacó teve esposas e concubinas
(Gn 29.18-30). É nesse contexto social de machismo,
bigamia, poligamia e concubinato que surge o divórcio.

Os códigos mais antigos da humanidade já configuravam
o divórcio como uma instituição social. O código de
Hamurabi (1792-1750 a.C) legislou sobre o divórcio:

A) Artigo 134 – Admite o divórcio para a mulher de um
prisioneiro que não tiver renda suficiente para garantir
sua sobrevivência;

B) Artigos 137 e 140 – Admitem o divórcio por qualquer
motivo, desde que sejam respeitados os direitos de dote
e herança;

C) Artigo 142 – Dá a mulher o direito de se divorciar de
um marido relaxado, impotente, irresponsável ou desonesto;

D) Artigo 148 – Permite que o marido se case com outra
mulher se a primeira for acometida de doença incurável,
mas ele fica obrigado a cuidar dela.

O ensino de Moisés sobre divórcio em Deuteronomio 24
revela dois pontos básicos: primeiro, o divórcio foi permitido
com o objetivo de proibir o homem de tornar a se casar com
a primeira esposa, depois de ter se divorciado dela. O
propósito da lei era proteger a mulher das artimanhas de
um esposo imprevisível e talvez cruel. Desta forma, a lei não
foi estabelecida para estimular o divórcio. Segundo, o
marido tinha permissão de se divorciar no caso de achar
na esposa alguma coisa indecente.

Os fariseus interpretavam equivocadamente a lei de Moisés
sobre o divórcio, eles entendiam como um mandamento,
enquanto Cristo considerou-a uma permissão, tolerância.
Moisés não ordenou o divórcio, ele permitiu. Portanto, é de
suma importância entender dois ensinos fundamentais de
Jesus sobre este importante assunto, em sua resposta
aos fariseus.

O primeiro ensino é que há uma absoluta diferença entre
ordenança (eneteilato) e permissão (epetrepsen). Para
Jesus o divórcio não é uma ordenança e sim uma permissão.
Jesus, como supremo e infalível intérprete das Escrituras,
explicou o verdadeiro significado de Dt 24. Deus instituiu o
casamento, não o divórcio. Deus não é o autor do divórcio;
o homem é responsável por ele. O divórcio jamais deve ser
encarado como uma ordenança divina ou uma opção
moralmente neutra. Ele é uma evidência clara de pecado, o
pecado da dureza de coração. Jesus Cristo desarmou a
falsidade dos fariseus, revelando que Moisés permitiu o
divórcio por causa da obstinação do coração do homem e
não em virtude de sua aprovação como algo bom,
recomendável pela lei.

O segundo ensino de Jesus sobre o divórcio diz respeito à
dureza dos corações. O divórcio acontece porque os
corações não são sensiveis. O divórcio é resultado de
coraçõe endurecidos. O divórcio é uma conspiração contra
a lei de Deus. O divórcio é consequência do pecado e não
expressão da vontade de Deus. Deus odeia o divórcio,
disse o profeta Malaquias (Ml 2.16). Divórcio é a negação
dos votos de amor, compromisso e fidelidade. Ele é uma
apostasia do amor.

A dureza de coração é manifesta na indisposição de
obedecer a Deus e de perdoar um ao outro. Onde não há
perdão não há casamento. Onde a porta se fecha para o
perdão, abre-se uma avenida para a amargura, e o destino
final dessa viagem, é o divórcio. Divórcio não é uma
ordenação divina. Ele não é compulsório nem mesmo nos
casos de adultério. O perdão e a restauração são sempre
preferiveis ao divórcio.

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