terça-feira, 26 de julho de 2011

Desespero

By www.ricardopadilha.in

Tem dias em que vejo a terra destruída e tudo que já sonhei em um passado remoto não alcançado. Planos, alegrias, experiência; Nada combina, nada bate  nem com o que desejava nem com o que alcancei. Nestas horas a única coisa que tenho a fazer é dormir, pedindo a mim mesmo que marque meu horário de acordar para depois do fim do mundo.

O pior tipo de solidão é alcançado quando se está perto de muita gente e não se encontra um igual. Simplesmente alguém que ti sirva de ombro mas que também precise de você, aí velho amigo ou você olha pro leste e vê a Luz maior ou simplesmente entra na cova do desespero e se esquece da vida e de Jesus ( o que no fim é a mesma coisa).

Desesperos são encontrados quando colocamos nossas perspectivas em algo físico, finito ou dependente da vontade de outra pessoa ou em um plano impossível de alcançar, e isto é muito frequente, até na religião preferimos carregar estátuas de pedras que pesam bem mais que a gente só porque achamos que a Graça de Deus tem que ser paga, ou que se paga para receber. Tudo isto é fruto de nossa pretensa auto-suficiência, de nosso orgulho.

Olhar para perto de nossos pés e para o alcance de nossa visão é um atributo benéfico e mágico, mas também é um dom que pertence a poucos equilibrados, assim muitos desesperados se reúnem para curtir suas próprias solidões em grupo, mas cada um com sua egoísta forma de dor particular. Nisto tem se transformado as igrejas, locais onde as pessoas ao invés de pensar em si e na solução de seus problemas são doutrinadas a olhar para um deus alienador que somente aponta para a grandeza de seu filho ( este não é meu Deus nem meu Jesus, e esta não é a igreja a qual pertenço). Desespero:  é a forma de se sentir único no meio de uma multidão, sem encontrar ninguém e sem encontrar a forma de se encontrar a si mesmo e nem a Paz que Cristo nos deixou.

leia os livros que eu leio

 

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